Série 7 passos para uma vida vitoriosa - Abandonar a murmuração! - Filipenses 2.14

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Olá povo de Deus. Após um tempo sem postar no blog, voltamos hoje a nos encontrar e com uma surpresa especial para vocês, uma série de estudos bíblicos que estava reunindo com muito trabalho para poder apresentar a vocês. Então começa hoje uma série de 7 estudos bíblicos: 7 Passos para a vitória. Obviamente a Bíblia nos apresenta uma infinidade de princípios para alcançar uma vida vitoriosa, princípios aos quais vou chamar de passos, pois isso nos dará uma ideia de que exige esforço da nossa parte. Mas vamos escolher 7 destes muitos passos para olharmos com mais atenção. Então o nosso encontro está marcado por 7 quintas feiras. Toda quinta mais um passo em direção a vida vitoriosa, até dia 9 de Janeiro de 2014, vamos iniciar um ano novo, com uma vida nova, e uma vida vitoriosa. Vamos juntos nessa jornada. 
E para iniciar os nosso estudos vamos ao primeiro passo para alcançar a vida vitoriosa: Abandonar a Murmuração!
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Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas. (Filipenses 2.14)
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A murmuração está presente na humanidade desde os tempos mais remotos, mas é também uma das maiores pragas que existem na humanidade. Para entendermos o perigo desse negócio chamado "murmuração", vamos entender o que é murmurar. 
Segundo o dicionário murmurar é:
  1. Produzir som surdo e prolongado.
  2. Falar baixinho, de forma inaudível.
  3. Pronunciar em voz baixa.
  4. Contar em segredo.
  5. Criticar.
Antes que você já comece a ficar preocupado achando que está murmurando todas as vezes que está falando baixo, mesmo quando alguém lhe pede para falar baixo, ou quando se está em uma biblioteca, a Enciclopédia Bíblica vai trazer uma definição mais clara do que é de fato murmuração: 
  1. Queixar-se em voz baixa.
  2. Falar mal de alguém, ou de alguma coisa.
Agora sim, esta é a verdadeira murmuração, se não coitados daqueles que precisam falar baixo. Mas a murmuração se caracteriza não apenas pelo tom de voz, mas, sim pelo teor das palavras que são proferidas, independentemente do tom de voz utilizado pela pessoa. Ou seja, a murmuração se caracteriza pelo fato de queixar-se, fazendo murmúrios, sons baixos como o de zumbidos, ou então pelo fato de se falar mal de algo, ou de alguma pessoa. A murmuração tem uma grande característica que não entrou no dicionário, e nem na enciclopédia. A murmuração é covarde, ela nunca é falada diretamente com a pessoa da qual se está queixando, ou então levada a alguém que possa resolver um assunto sobre algo de que se está sendo queixado, a murmuração é perigosa, pois trabalha pelas costas, por de baixo dos panos, incendiando as pessoas, inflamando as multidões, e destruindo muitas coisas que estão em seu caminho. E isso é algo que tem assolado o povo de Deus desde os primórdios da humanidade, pois Caim murmurou contra Abel, os irmãos de José murmuravam contra ele, o povo murmurou contra Deus no deserto, as multidões murmuravam contra Jesus, e ainda hoje muitos crentes estão dentro das igrejas murmurando da igreja, do pastor, do irmão, do vizinho, de Deus. Por isso nós vamos adentrar hoje em uma sequência de episódios envolvendo a murmuração, quando o povo atravessou o deserto para chegar em Canaã, a terra prometida. Então se liga aí meu irmão, cuidado com a murmuração, pois ela pode te fazer deixar de alcançar muitas coisas que estão preparadas para você.
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1º Caso:

"E aproximando-se Faraó, os filhos de Israel levantaram seus olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então os filhos de Israel clamaram ao Senhor.
E disseram a Moisés: Não havia sepulcros no Egito, para nos tirar de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos fizeste isto, fazendo-nos sair do Egito?
Não é esta a palavra que te falamos no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois que melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos nos deserto." (Êxodo 14.10-12)

Olha o que tinha acabado de acontecer. Deus havia feito milhares de sinais no meio do povo, mandando as pragas, e destroçando um a um dos deuses dos egípcios, e demonstrando ao Povo de Israel que ele era o verdadeiro Deus, o Faraó que era considerado um Deus, estava humilhado pois nada pode fazer diante do poder do Deus de Israel. O povo que sofreu como escravo nas mãos dos egípcios por mais de 400 anos, sendo humilhado, desprezado, surrado, viu a oportunidade de serem livres, e na hora que Faraó mandou abrirem os portões para que o povo fosse embora, não se vê ninguém reclamando, nem murmurando, nem ninguém sequer dizendo que queria ficar, foram todos, jubilosos, como pessoas que estivessem dizendo ainda para os egípcios que antes os afligiam: "viu, viu, sentiu o poder do nosso Deus?!" Mas quando chegaram diante do mar vermelho e olharam para frente e viram água, olharam para trás e vinha o exército do Faraó, com sede de sangue, sede de vingança, eles imediatamente jogaram a toalha, esqueceram de tudo o que Deus havia feito por eles no Egito. 
Quantas vezes nós não estamos fazendo o mesmo, Quando tudo vai bem a gente se sente, tira onda com o capeta, tira onda com todo mundo, não é verdade? Mas quando tudo vai mal aí a gente se esquece do Deus que está ao nosso lado, a gente joga a toalha se desespera, coloca a culpa em Deus, e chega a pensar: "eu estava melhor no mundo, pra que a Igreja?" A resposta de Moisés para o povo continua a ecoar ainda hoje, e se este for o seu caso que ela faça estremecer o seu coração. 

"Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais os tornareis a ver.
O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis" (Êxodo 14.13-14) 

A resposta de Moisés foi um tapa na incredulidade e covardia daquele povo, pois quando vissem o que Deus iria fazer por eles ficariam atônitos, calados, diante do poder de Deus. Assim será contigo meu irmão, quando as coisas ficarem feias, apenas confie e espere em Deus, pois ele irá contigo na batalha, não abra a boca antes de ver Deus agir.
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2 º Caso:

"Depois fez Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água.
Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara.
E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber?"

Interessante observar que ninguém tinha a coragem de chegar pra Deus e questioná-lo, e nem aconselho fazer tal coisa. Mas ninguém se aproximava de Moisés para perguntar, pedir ajuda, ficavam apenas os cochichos de um lado para o outro: O que vamos beber? O povo havia atravessado o Mar Vermelho a pés enxutos, e visto o poderoso exército de Faraó, até então o exército mais poderoso da terra, se afogar no mar.  E agora estavam iniciando uma travessia no meio do deserto, que duraria 40 anos. E logo de inicio, já murmuraram, pois a única fonte de água que encontraram era amarga para se beber, pronto já foi o suficiente para começar o murmúrio. 
A gente passa por uma prova grande na vida da gente, alcança uma vitória que para muitos seria impossível, e logo após nós esbarramos no nosso ego, pois queremos as coisas do nosso jeito, e ao invés de comemorarmos a vitória e agradecer por ela, ficamos reclamando das coisas que não nos agrada, como uma criança que recebe um presente e faz cara de que não gostou. Mas novamente a resposta de Deus é surpreendente e ultrapassa a lógica, com uma árvore lançada nas águas ela se torna doce e boa para o consumo do povo. Novamente Deus cala o povo "reclamão".

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3 º Caso:

"E partindo de Elim, toda a congregação dos filhos de Israel veio ao deserto de Sim, que está entre Elim e Sinai, aos quinze dias do mês segundo, depois de sua saída da terra do Egito.
E toda a congregação dos filhos de Israel murmurou contra Moisés e contra Arão no deserto.
E os filhos de Israel disseram-lhes: Quem dera tivéssemos morrido por mão do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tende trazido a este deserto, para matardes de fome a esta multidão." (Êxodo 16.1-3)

Olha a ousadia do povo, fazendo charminho para com Deus, dizendo que estavam melhor no Egito, e quem dera morressem pela mão do Senhor junto as panelas de carne. Aí se Deus permite um adoecer, já fica implorando, Senhor me cura. O Pr. Claudio Duarte conta uma história de uma mulher que havia acabado de perder o marido e ficava o tempo inteiro do velório dizendo: Ó Senhor porque? Porque meu marido Senhor? Me leva no lugar dele Senhor! Quando chegaram no cemitério a mulher continuava a dizer estas palavras entre choro e soluços, mas na hora da última despedida quando o caixão já tinha sido abaixado a mulher chegou tão próximo que cai lá dentro da cova, e a primeira reação dela foi dizer: Socorro, me tira daqui! Mas ela não queria ir junto? Mentira, era charminho. Tem muito crente de charminho com Deus por aí, mas o interessante é que quem sofre é quem está na liderança, pastores e líderes são os alvos mais frequentes das murmurações. Em Êxodo 17.1-3 acontece a mesma coisa, mas, com água. Ou seja, o povo nunca estava satisfeito. Deus dava a água doce, queriam pão, Deus mandava pão, queriam carne, Deus mandava carne, queriam outras coisas, esse é o povo ingrato, por causa da murmuração. Mas aí está a armadilha da murmuração, pois como todo pecado, ela traz sua consequência.
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4º Caso:

"E aconteceu que, queixou-se o povo falando o que era mal aos ouvidos do SENHOR; e ouvindo o SENHOR a sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.
Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou." (Números 11.1-2)

Deus foi misericordioso por demais, mas há um limite para tanta ingratidão, pois murmuração e ingratidão andas juntas, mas tudo tem um limite, mas na hora em que a ira de Deus se acendeu sobre o povo, rapidamente se lembraram de Moisés como um profeta, homem de Deus, e não como um garoto de recados, ou como um garçom. Vê se não é a mesma coisa que acontece na igreja, enquanto tudo vai bem, o pastor é apenas um figurante, que muitas vezes nem é notado, ninguém o convida para celebrar as vitórias, mas quando tudo vai mal, as pessoas correm e procuram o pastor pedindo orações, pedindo para que ele interceda a Deus por elas. Mas a consequência mais terrível da murmuração está registrada em Deuteronômio.
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Conclusão: A Sentença dos murmuradores

"Ouvindo, pois, o Senhor a voz das vossas palavras, indignou-se, e jurou, dizendo:
Nenhum dos homens desta maligna geração verá esta boa terra que jurei dar a vossos pais.
Salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá, e a terra que pisou darei a ele e a seus filhos; porquanto perseverou em seguir ao Senhor.
Também o Senhor se indignou contra mim por causa de vós, dizendo: Também tu lá não entrarás.
Josué, filho de Num, que está diante de ti, ele ali entrará; fortalece-o, porque ele a fará herdar a Israel.
E vossos meninos, de quem dissestes: Por presa serão; e vossos filhos, que hoje não conhecem nem o bem nem o mal, eles ali entrarão, e a eles a darei, e eles a possuirão.
Porém vós virai-vos, e parti para o deserto, pelo caminho do Mar Vermelho."

Devemos ter um cuidado muito grande com nossas palavras. A consequência mais terrível da murmuração é que ela nos faz perder o que Deus havia preparado para nós. Deus quer te dar a vitória, ele preparou a vitória para você, e ela está lá, no final da sua jornada, te esperando, ele nunca a retirou de lá, só depende de você agora tomar a decisão de ir em direção a ela. Mas quando você murmura ao invés da andar para frente anda para trás, e fica nessa situação, dando um passo para frente em direção a vitória, mas anda dez para trás em direção a derrota. Lembra-se de quando o povo disse que para eles era melhor estar no Egito, do que morrer no deserto? Pois Deus ouviu. E a sentença para estes era voltar pelo mesmo caminho que vieram. Pois eles não vieram pelo Mar Vermelho? Pois Deus lhes disse, voltem por onde vieram, como quem diz: "Vocês não gostam tanto de lá, então podem voltar, pois minha bençãos vocês não irão provar!" Forte isso não é? Então não seja um murmurador!

(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra) 
  

A oração na Bíblia - Parte 2

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Dando continuidade ao Estudo que iniciamos sobre a Oração na Bíblia, apresento hoje a todo a segunda e última parte deste estudo. Lembrando sempre que é impossível falarmos tudo sobre esse assunto tão vasto, mas me esforço a falar o essencial e o mais importante para assunto tão crucial na vida cristã: A ORAÇÃO!
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Em Lucas 11.4 alguém certa vez procurou a Jesus e perguntou: Senhor, como devo orar? A resposta de Jesus é a famosa oração do Pai Nosso, que não é uma fórmula a ser usada como repetição, mas sim, um modelo para ensinar os cristãos a essência da oração.

2 - Recomendações de Cristo a respeito da Oração
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"E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes." (Mateus 6.5-8)
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A oração não é algo formal, para atrair a atenção dos homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v.5). Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem. Por isso, com frequência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas. A oração passou a ter, então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.
A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v.7). Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.

A oração do Pai Nosso ensina os ponto principais da oração de um cristão:
  • Reconhecimento da soberania divina (Pai nosso, que estás nos céus,);
  • Reconhecimento da santidade divina (Santificado seja o teu nome;);
  • Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro (venha o teu reino;);
  • Submissão sincera à vontade de divina (faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;)
  • Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais (o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;);
  • Disposição de perdoar para receber perdão (e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;);
  • Proteção contra a tentação e as ações malignas (e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal);
  • Desprendimento para adorar a Deus em sua glória (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!).
Conclusão: Ainda há muita coisa pra se ver sobre a oração, mas ficaremos por aqui. Sabendo que a oração deve fazer parte da nossa vida diária.

(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra)

A oração na Bíblia - Parte 1

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A primeira pergunta que podemos fazer aos falarmos sobre oração, é: O que a Bíblia diz sobre oração? E fica no ar algumas questões sobre oração, como: Por que orar? Qual a importância da oração na vida de um crente? Como orar? Existe uma fórmula para a oração? Não conseguiremos estudar tudo sobre a oração, mas vamos ver alguns pontos do que a Bíblia fala sobre a oração.
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1 - Dúvidas sobre a oração: 
  • Quantas vezes devo orar? (Daniel 6.10; Efésios 6.18)
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"Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer." (Daniel 6.10)
"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos." (Efésios 6.18)

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Creio que essa é uma das dúvidas mais frequentes sobre a oração. Quantas vezes devemos orar? Olhando o caso descrito no livro de Daniel podemos ver claramente uma inclinação voltada para o ritual da oração. Perceba as características: 1 - Horário estabelecido para se fazer a oração (3 vezes ao dia); 2 - Postura estabelecida para se fazer a oração (de joelhos); 3 - Forma estabelecida para se orar (virado para Jerusalém). O método judaico de oração muito se assemelha ao tipo de oração que vemos no meio muçulmano, onde eles tem hora marcada para orar, as quantidades de vezes por dia, tem que ser de joelhos prostrando o rosto em terra e virado para Meca. Mas não creio que seja isto que caracteriza a quantidade de vezes que se deve orar, mesmo sabendo que alguns cristãos pensam assim e estipulam as vezes que orarão por dia. Mas o livro de Efésios traz uma outra recomendação sobre a quantidade de oração: Em todo o tempo, ou seja, a oração deve ser algo constante em nossas vidas, nunca haverá um limite para alguém dizer: "chega já orei demais", pois nunca será demais. 
  • O porque orar no monte? (Lucas 6.12; Mateus 8.18-20)
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"E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus." (Lucas 6.12)
"E Jesus, vendo em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado;
E, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, onde quer que fores, eu te seguirei.
E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." (Mateus 8.18-20)
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Sei que este é um ponto polêmico, e que muitos lerão as palavras a seguir apreensivos para ver o que estará escrito. Apenas para deixar claro, não estou dizendo que não se deve orar no monte, porque se não estaria contradizendo a própria Bíblia, pois Moisés o fazia, e o próprio Cristo o fazia, então quem sou eu para dizer que não se deve fazer. O objetivo deste tópico é apenas para esclarecer o porque, qual a finalidade de subir um monte para orar. Vamos então desmistificar algumas coisas aqui. Existem alguns exageros sobre a oração no monte que leva esta oração a um patamar totalmente místico e sai do propósito de uma busca para a razão também, pois somos um ser que se relaciona com os outros seres não apenas com o Espírito, mas com a razão. Infelizmente, alguns não conseguem entender isso, pois quando se manisfestam espiritualmente é algo lindo, fantástico, maravilhoso, todos ficam admirados, quanta espiritualidade flui daquela pessoa, mas quando abrem a boca para falar racionalmente, melhor seria se tivessem ficado calados. 
Primeira coisa: Orar no monte é errado? Não! Não é errado orar independente do lugar, Jesus orou num monte, Daniel numa cova de leões, Jonas no ventre de um peixe, ou seja, você pode orar em qualquer lugar, num hospital, num avião, num presídio, num banheiro, na rua, num monte, em qualquer lugar.  
Segunda coisa: Não é o lugar que faz da oração melhor ou pior, mas sim o estado do coração. Jesus afirma isso quando diz a mulher samaritana que Deus procura pessoas que o adorem não apenas em Jerusalém, nem em Samaria, mas em Espírito e em Verdade, e no Salmo 51, Davi afirma que o segredo para ser bem sucedido na oração não é o lugar, mas sim um coração quebrantado. Ou seja, você pode estar num lugar especial, mas se o seu coração não estiver ligado em Deus de nada adianta o lugar se você estiver vazio. 
Terceira coisa: Porque Jesus orava no monte? Vamos entender que no modelo de oração que Jesus ensinou, em Mateus 6.6, Ele diz para a pessoa entrar em seu quarto e fechar a porta. Mas em Mateus 8 entendemos o porque Jesus mesmo não o fazia como ele ensinou, pois Ele não tinha nenhum quarto onde pudesse entrar e fechar a porta, por isso se retirava ao lugar mais tranquilo e isolado para orar em paz.
Quarta coisa: Porque orar no monte? A verdadeira explicação de o porque orar no monte não é porque o monte é especial, confere graça, faz alguma coisa especial, mas sim porque é um lugar isolado, onde você não se liga em barulhos de cidade, onde você está num lugar elevado e te dá a sensação de estar mais perto do céu e do trono de Deus. Onde seu espírito e sua mente podem juntos se concentrar em Deus sem serem atrapalhados por influencias externas e terrenas que possam dar "linha cruzada" na sua comunicação com Deus. 
Ou seja não há nada de exagerado nisso, é uma experiencia mística sim, mas também muito racional.
  • Qual o objetivo da oração? (Salmo 32.3)  
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"Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia." (Salmos 32.3)
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O objetivo da oração é levar o homem a ter um relacionamento com Deus, oração é o termômetro do cristão, se você não consegue orar é sinal que sua vida com Deus está precisando ser revisada. É o que expressa este salmo, onde o Salmista expressa a angústia que o consumia enquanto não confessava os seus pecados. Essa é uma das características do pecado levar o homem a perder o seu relacionamento com Deus, e isso logo se reflete na oração. 
  • Existe uma fórmula pronta para orar? (Salmo 51.17)

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"Os sacrifícios para Deus são o Espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus." (Salmo 51.17)
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Certamente você pode estar se perguntando porque eu não inclui aqui a Oração do Pai Nosso. Já irei falar sobre ela. Mas, respondendo a pergunta do tópico: Não, não existe uma fórmula pronta para orar, o que existe é um exemplo, um manual ensinando como orar, pois o objetivo de Jesus ao ensinar a oração do Pai nosso não era que todos a repetissem pela eternidade, mas que se baseassem nela para fazerem suas próprias orações. Inclusive, neste mesmo texto de Mateus 6, Jesus repreende severamente as repetições sem sentido. Ou seja, o padrão é o que está no Salmo 51. Quer aprender a chamar a atenção de Deus? Tenha um coração quebrantado perante Ele.   
Na segunda parte deste Estudo falaremos exclusivamente sobre a Oração do Pai Nosso. E espero que tenha ajudado, e abençoado os queridos irmãos. Em breve teremos mais novidades. 

(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra)

Mães Intercessoras - Pr. Hernandes Dias Lopes

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Continuando a aumentar os livros indicados pelo blog, trago hoje para as famílias um livro abençoador. Apesar do tema do livro ser direcionado para as Mães, o assunto abordado pelo livro pode e deve muito bem ser aplicado também aos pais, homens. Pela editora HAGNOS: Mães Intercessoras, conquistando o coração dos filhos através da oração.
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Resumo: Mães Intercessoras, vem despertar as mães para se levantarem como reparadoras de brechas, como intercessoras de uma geração que carece desesperadamente da graça de Deus. Através da intercessão, a igreja será despertada e revestida de poder, o fogo do Espírito cairá e o mundo será impactado como foi no Pentecostes. Ao ler este livro, você se sentirá encorajada e desafiada a viver uma vida plena de oração na presença do Senhor.
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Sinopse: O livro destaca a importância da mulher que exerce um ministério constante de intercessão. Traz mensagens simples e exemplos da história recente sobre a intervenção de Deus em vidas e situações que encorajam às mães a orar com dedicação por seus filhos, maridos e igrejas
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Quem escreveu?


Hernandes Dias Lopes, casado com Udemilta Pimentel Lopes, pai de Thiago e Mariana. Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, Campinas, SP e Doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary de Jackson, Mississipi, Estados Unidos. Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, Espírito Santo, desde 1985. Conferencista e escritor, com mais de 100 livros publicados.

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Ficha Técnica:

Título: Mães Intercessoras
Subtítulo: Conquistando o coração dos filhos através da oração
Autor: Hernandes Dias Lopes
Editora: Hagnos - distribuído pelo selo editorial VOXLITTERIS
Categoria: Oração - Intercessão - Vida Cristã
Edição: 2003
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Minha opinião: Fiquei maravilhado com o livro. As histórias abordadas pelo autor e até mesmo pela pessoa que fez o prefácio são inspiradoras e chamam a atenção da importância de uma vida de piedade e oração, não algo farisaico, mas sim como modelo de ensino como Provérbios 22.6, e também da importância de pais lutarem para protegerem os filhos das garras do diabo, mas também pelejarem por resgatarem aqueles que já estão nas garras do cruel inimigo. Afinal famílias fortes geram igrejas fortes, e sociedades fortes e saudáveis. Um livro de fácil compreensão, e indicado para todos os pais e mães que são os grandes responsáveis nesta árdua e honrosa tarefa de criar, cuidar e ensinar a criança no caminho em que deve andar.
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Quando a crise vem - Jonas 1.1-4; Marcos 4.1-2; 35-37

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E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até a minha presença.
Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do Senhor para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com ele para Társis, para longe da presença do Senhor.
Mas o Senhor mandou ao mar um grande vento, e fez-se no mar uma forte tempestade, e o navio estava pronto a ponto de quebrar-se. (Jonas 1.1-4)
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E outra vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina...
...E, naquele dia, sendo já tardem disse-lhes: Passemos para o outro lado.
E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
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Hoje estaremos falando sobre as duas tempestades mais famosas registradas na Bíblia. Uma conta a história do profeta Jonas, e a outra nos conta o episódio em que Jesus acalma a tempestade. Mas dessa vez, não vamos focar na tempestade em si, e no que aconteceu. Mas, iremos focar no porque acontecem as tempestades, e qual o propósito delas em cada uma das histórias. Pois tratam-se de histórias absolutamente distintas, tanto pelo tempo de diferença que há entre uma e outra, de aproximadamente 800 anos, quanto pelo o que levou as tempestades a acontecerem, como a reação dos homens de Deus diante de tais tempestades. Tudo isso precisa ser levado em conta quando comparamos os dois textos. Mas procure prestar atenção agora e identificar o porque Deus tem permitido que tempestades aconteçam em sua vida. E o que Deus quer te fazer entender com elas.

1 - A tempestade de Jonas

Essa história é mais do que conhecida pelos irmãos. Então vou pular os detalhes. Mas para aqueles que possivelmente não saibam a história, vou fazer um breve relato do que motivou a tempestade que acabamos de ler. O profeta Jonas um dia recebeu uma ordem, um chamado do Senhor, lhe dizendo para pregar o arrependimento em uma cidade chamada Nínive. Porém o profeta pegou um navio que ia para Társis, na direção contrária a cidade de Nínive. Para que vocês possam entender, é como se Deus tivesse falado: Jonas vá para a direita; e ele tivesse ido para a esquerda. Vendo Deus que Jonas o havia desobedecido, enviou uma tempestade que iria fazer naufragar o navio onde estava o profeta. A questão é: Porque veio a tempestade? Deus permitiu aquela tempestade na vida de Jonas por sua desobediência a ordem divina. Mas, o propósito daquela tempestade, como muitos se enganam, não era tirar a vida de Jonas. Essa tese é defendida por muitos por crerem que se o navio tivesse afundado todos teriam morrido, inclusive Jonas. Mas eu creio diferente. É uma questão de lógica. Se o navio tivesse afundado, o grande peixe teria engolido Jonas do mesmo jeito. Logo, havia um propósito de Deus naquela tempestade.
Talvez você muitas vezes tem ido na direção contrária da vontade de Deus pra sua vida. E muitas vezes Deus permite que em nossas vidas venham as tempestades e as crises, para nos trazer de volta ao centro da sua vontade. Então, quando vier uma provação, uma tribulação, ou uma tempestade em sua vida, reflita: Como está a sua vida? Pois muitas vezes é Deus te mostrando que você está indo na direção errada. Os três dias que Jonas ficou no ventre do peixe, foram de reflexão, entendendo o propósito de Deus em tudo o que aconteceu. Reflita você também. Porque me veio essa tempestade? Será que não está na hora de rever meu modo de viver?

2 - A tempestade de Jesus

A tempestade que sobreveio sobre Jesus e seus discípulos, nos leva a uma contexto totalmente diferente. Não é uma tempestade corretiva, como a que ocorreu com Jonas, mas sim, uma tempestade educativa, com o objetivo de levar aos discípulos aos crescimento espiritual na fé. Vamos entender a história. Jesus estava fazendo a vontade de seu Pai, como sempre costuma fazer (eu não errei, é costuma mesmo. Não falo no passado, pois Jesus ainda vive e continua a fazer a vontade do Pai, hoje e eternamente), e pregando as multidões sobre o reino de Deus. Jesus tinha acabado de falar da parábola do semeador. Ele percebeu que seus discípulos não entenderam muito bem a parábola, tanto que Ele precisou explicar-lhes depois. E é por isso que desta vez ele nos ensinou na prática, para que vissem o que ele há tempos queria lhes dizer. Isso fica claro no resultado da tempestade. Mas, indo direto ao centro da questão, o real motivo daquela tempestade não era punir aquele que fazia a vontade de Deus, mas mostrar-lhes que o Senhor era com ele mesmo na adversidade. Qual o resultado deste tipo de tempestade? Crescimento espiritual na fé em Cristo Jesus.
Muitas vezes, mesmo você sabendo que tem agradado a Deus, pode sentir que adversidades surgem em sua vida. Mas não há motivos para desespero. Enquanto alguns vão logo atacando Deus e lhe pondo a culpa de algo ruim lhe acontecer na vida, outros seguem o exemplo de Jó (Jó 1) que sabia que Deus estava no controle de todas as adversidades que vieram sobre a sua vida, e manteve-se fiel até o final. Então é hora de reflexão, pois mesmo que você seja um servo fiel e bom, tempestades podem ser sinais de que Deus está querendo lhes ensinar algo, ou aumentar sua fé, lhe trazer crescimento espiritual. Isso nos dá a certeza de que por maior que seja a tempestade que o cristão enfrente, ela é simplesmente uma leve e momentânea tribulação, que produz para nós um peso ETERNO de GLÓRIA (2 Coríntios 4.17)

Conclusão:

Enquanto a primeira tempestade tinha o objetivo de arrependimento, introspecção e confissão de que é necessário voltar a direção correta, a segunda tempestade nos mostra o objetivo de crescimento, aprendizado e convicção de que Jesus é o Cristo, o filho do Deus vivo. Para que possamos declarar como declarou Paulo em 2 Timóteo 1.12. E você? Reflita porque você tem enfrentado as crises que vem sobre você?

(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra)

Coloque-se na brecha! - Ezequiel 22.30

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E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. (Ezequiel 22.30)
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Este texto profético muitas vezes tem se tornado atual. E as brechas nos trazem sempre lembranças ruins. Pois se alguém está pecando e dando lugar ao diabo, logo se diz: "Fulano está dando BRECHA!" 

1 - O que são as Brechas?

Imagine que você está construindo um muro, e quando você o faz, fecha ele todo, e separa apenas um lugar para colocar o portão. Porque? Para que ninguém entre em sua propriedade sem sua autorização. Um outro exemplo que podemos dar sobre brechas é a seguinte: Já tentou pegar água com as mãos? Difícil, não é mesmo? Ela escorre por entre os nossos dedos, porque existem brechas entre eles. 
Na época da Bíblia todas as cidades eram muradas e tinham portões de entrada. Imagine como se sua cidade fosse toda murada e você para sair e entrar de sua cidade tivesse que passar pelo mesmo lugar. Seria estranho, não? As cidades bíblicas eram assim para se protegerem contra exércitos inimigos, e no muro não podia haver brechas, se não o inimigo entrava. O povo de Deus também é protegido por uma muralha espiritual, sustentada pela oração, para nos defender do inimigo e nessa muralha não pode haver brechas.

2 - Que tipo de pessoa Deus procura?

O texto diz que Deus estava procurando alguém que tapasse o muro. Para se fechar o muro era necessário entrar dentro das fendas entre uma pedra e outra e colocar mais pedras ali. Mas a pessoa precisava entrar na brecha. São pessoas assim que Deus está buscando hoje, pessoas que se coloquem na brecha, que entrem dentro dos problemas, das feridas, das amarguras para interceder, clamar. Pessoas que estejam dispostas a clamar pelo seu povo, sua igreja, sua família.
A Bíblia menciona a história de algumas pessoas que se dispuseram a entrar nessa brecha entre Deus e o homem, ou Deus e o mundo. Eis aqui alguns exemplos: 
  • Abraão e Ló - (Gênesis 18.22-33)
Ló, que era sobrinho de Abraão, tinha ido morar em uma cidade chamada Sodoma. E certo dia Deus decidiu destruir essa cidade juntamente com uma outra cidade chamada Gomorra, tamanho eram os pecados desse povo. E Deus conversando com seu "amigo" Abraão (A bíblia chama Abraão de amigo de Deus em Tiago 2.23 e outros textos.) Deus revelou a Abraão a decisão que havia tomado sobre aquelas duas cidades. E começou ali uma batalha travada por Abraão intercedendo, clamando, suplicando por aquelas duas cidades. E abraão perguntava: Se tiverem 50 pessoas tementes a Ti, destruirás a cidade? Ao que Deus respondia: Não! Se tiverem 50 não destruiria a cidade por amor aos 50! E Abrão foi descendo esta contagem em 40, 30, 20 até que chegou em 10. E Deus sempre respondia que se tivessem o número de pessoas que Abraão disse, que Ele não destruiria a cidade, mas não havia nem sequer 10 pessoas que fossem temente a Deus. Mas Abraão lutou, intercedeu, clamou, pelejou com Deus por aquele povo. Lembrando sempre que Abraão em nenhum momento colocou Deus contra a parede, como alguns teólogos modernos gostam de fazer. Mas sempre se humilhou diante da grandeza e soberania de Deus suplicando pelo povo.

  • Moisés no episódio do bezerro de ouro - (Êxodo 32.9-14; Deuteronômio 9.18)
Quando moisés subiu ao Sinai para receber as tábuas dos Dez Mandamentos, ele demorou a descer e o povo rebelde e idólatra, decidiu abandonar a Deus e fizeram para si um bezerro de ouro para adorarem como Deus. No exato momento em que faziam o bezerro, Deus, que estava conversando com Moisés, interrompe a conversa e avisa a Moisés que era para ele descer do monte, pois Deus iria exterminar aquele povo e iniciar uma nova geração da linhagem de Moisés. E então, Moisés se levanta e se coloca na brecha por aquele povo e diz: "Lembra-te de Abraão, de Isaque, e de Israel, os teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado, e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendência como as estrelas dos céus, e darei à vossa descendência toda esta terra, de que tenho falado, para que a possuam por herança eternamente.
Êxodo 32:13". E Deus não destrói o povo.
  • Neemias intercede por Jerusalém - (Neemias 1.4-11)
Neemias estava servindo como copeiro do rei Artaxerxes na cidade de Susã, bem longe de sua terra natal, Jerusalém. E certo dia Neemias ouviu noticias de que Jerusalém estava assolada, seus muros derrubados, o povo passava fome. E Neemias se prostrou diante de Deus e se colocou na brecha por aquela cidade. E Deus ouviu o seu clamor. E através de Neemias restaurou a Jerusalém.

É esse o tipo de pessoa que Deus procura!

3 - Porque Deus procura pessoas que se coloquem na brecha?

Deus já tem decretado o pagamento pelo pecado. A sentença para os pecadores já está determinada. E Jesus quando veio a primeira vez veio para salvar, mas a segunda vez virá para julgar. Mas Deus procura alguém que tenha a ousadia de clamar, de buscar. Alguém que possa mudar não a sentença de Deus para o pecado, mas a vida de um pecador. Isso me lembra uma outra história bíblica.
  • Abigail - (1 Samuel 25.1-34)
Abigail era casada com um homem chamado Nabal, homem riquíssimo e muito imprudente. Daqueles que agem sem pensar. E certo dia Davi, antes ainda de ser rei de Israel, mandou seus soldados a casa de Nabal, pois Davi já havia feito muitas benfeitorias a Nabal e sabia que era um homem de muitas posses. E pediu para que Nabal pudesse oferecer um bocado de comida para seus soldados. Nabal se recusou com a desculpa de que não tinha nada para oferecer. Mentira! Ele não queria dar nada a ninguém, nem mesmo a Davi, pois era imprudente, rico, doido e pão duro. Quando os soldados relataram o ocorrido a Davi, ele ficou furioso e já havia decretado a sentença de Nabal e toda a sua família, a morte. E Davi saiu ao encontro de Nabal com sua sentença nas mãos. Abigail, esposa de Nabal, ao saber do ocorrido e conhecer bem o temperamento do guerreiro Davi, logo se apressou preparou bastante comida e saiu ao encontro de Davi e interrompeu sua caravana da morte. No meio do caminho Abigail, ofereceu ofertas, suplicou e implorou pela vida de seu marido, mesmo este não merecendo. Mas Davi foi misericordioso e entendeu que Abigail foi enviada do Senhor para impedi-lo de cometer uma tolice maior que a de Nabal.  Abigail se colocou na brecha por Nabal e foi ouvida.

Lembra-se de que falamos que a sentença para o pecado é a morte, e de que Jesus quando vier pela segunda vez, não virá como Salvador, mas sim como Juiz, apenas para aplicar a sentença. Imagine que este exato momento Jesus já saiu de seu trono com a sentença de alguém nas mãos, talvez alguém de nossa casa, e está sentença não é boa, pois ele está buscando quem será a Abigail que se lançara aos pés dele e o interromperá e suplicará pela vida daquela pessoa que seria sentenciada a morte. A sua súplica, sua oração, pode mudar a sentença de alguém nesta hora.

Conclusão:

Você crê no poder da oração? Você crê que a oração move a mão de Deus? Você crê que a tua súplica pode mudar o destino de uma vida? Então se coloque na brecha, interceda por esta vida, interceda por sua família, pelo seu casamento, interceda. Deixe Deus te achar! Se coloque na brecha, tape os muros, e evite a destruição!

(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra) 


Homens de Oração - Pr. Hernandes Dias Lopes e Pr. Arival Dias Casimiro

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Mais um livro para a Biblioteca do blog. Desta vez trago para vocês uma poderosa ferramenta para se trabalhar com Homens. Pois sabemos o quão importante é o papel do homem, na família, na igreja e na sociedade como um todo, e de que está na hora de Homens assumirem suas responsabilidades espirituais que muitos tem repassado as esposas, mães, filhas. Pela editora HAGNOS: Homens de Oração.
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Resumo: O homem foi estabelecido por Deus como líder da família. É o sacerdote do lar. A ele compete a responsabilidade de educar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor. Infelizmente, muitos homens têm sido negligentes a respeito desse sublime privilégio e dessa grande responsabilidade. Não poucos têm sido omissos. Outros têm delegado à esposa essa tarefa de consequências eternas. Não podemos acovardar-nos. Essa é um incumbência nossa. Precisamos levantar-nos e agir.
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Sinopse: HOMENS DE ORAÇÃO visa conclamar os homens, especialmente os pais, a se levantar como intercessores, a assumir de fato a responsabilidade que lhe foi dada para o lar e a sociedade.
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Quem escreveu?

Arival Dias Casimiro é pastor da Igreja Presbiteriana de Pinheiros, São Paulo. Mestre em Comunicação, pelo Mackenzie. Doutor em Língua Portuguesa, pela PUC/SP. Editor da Revista Educação Cristã, da Z3 Editora. Escritor, conferencista, plantador de igrejas.


Hernandes Dias Lopes e sua esposa Udemilta Pimentel Lopes são pais de Thiago e Mariana. O Rev. Hernandes é Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, Campinas, SP e Doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary de Jackson, Mississippi, Estados Unidos. Ele é pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória, Espírito Santo, desde 1985. Conferencista e escritor têm mais de 100 livros publicados.
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Ficha Técnica:

Título: Homens de Oração
Autor: Hernandes Dias Lopes e Arival Dias Casimiro
Editora: Hagnos - distribuido pelo selo editorial VOXLITTERIS
Categoria: Espiritualidade
Edição: 2011
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Minha opinião: Tenho buscado por ferramentas para trabalhar com as diversas áreas, faixas etárias e grupos que existem dentro de uma igreja. E ao olhar para este livro o título me chamou a atenção. Pois era exatamente o que eu necessitava, desenvolver nos homens o desejo, o ardor pela intercessão, uma tarefa que hoje em dia tem sido delegada as esposas, sendo que a responsabilidade de cuidar, zelar e guiar espiritualmente o lar sempre foi e será do Homem. E os homens de nosso tempo tem se acovardado diante dessa responsabilidade. O livro foi de grande ajuda, me despertou nessa área e ele traz um Anexo ao final para auxiliar o Ministério de Intercessão com homens, e ainda três planos de leitura da Bíblia. Existe também um projeto da Igreja Presbiteriana com esse mesmo nome: Homens de Oração (clique aqui para conhecer o site do Projeto Homens de Oração). Ou seja, se você também tem enfrentado esta realidade, eu recomendo que vocês leiam, Homens de Oração.
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ou 



Adoração, um estilo de vida! - Romanos 12.1

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Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Romanos 12.1)
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Muitos falam sobre ADORAÇÃO, mas poucos entendem o que é adoração. Talvez alguém possa perguntar: "Pastor, adorar é levantar a mão?" Não! "Adoração é gritar?" Não! "Adoração é pular?" Não! "Adoração é falar profetizar?" Não! Essas são perguntas erradas, a pergunta que deveria ser feita é: "Afinal o que é ADORAÇÃO?" A adoração não é um gesto, mas uma forma de viver. Adoração não é levantar a mão, gritar, pular, profetizar, pois não é porque estamos fazendo isso que estamos adorando. A verdadeira adoração começa de dentro pra fora, a verdadeira adoração abala as estruturas do nosso coração, rompe com tudo aquilo que a gente conhece como lógico, esmaga o nosso eu interior para que a gente diminua e que Cristo cresça em nossas vidas. A verdadeira adoração é viver Cristo, viver como Cristo. Pois quem vive Cristo levanta a mão, quem vive Cristo pula, grita, chora, profetiza, mas não o faz por si, mas Cristo faz isso em nós. Esses são os adoradores de João 4.23 e 24, que adoram o Pai em espírito e em verdade. Mas existem três coisas que a adoração exige de nossas vidas.

1 - A adoração exige: RENÚNCIA - (Gn 22; Mt 19.16-22)

Viver como Cristo muitas vezes vai te fazer bater de frente com as suas vontades, com a sua família, com os amigos, com o mundo. Meu irmão o quanto vocês amam a Deus? Talvez alguém diga: "Eu o amo mais que tudo pastor!" A esses eu digo parabéns, amar a Deus acima de todas as coisas é a melhor escolha que você pode fazer. Mas a esses eu digo também já comecem a se preparar, porque Deus vai pedir que renunciem alguma coisa para provarem o quanto lhes amam. Por isso ai daqueles que dizem isso da boca pra fora, porque esses sofrerão quando Deus os colocar a prova, mas felizes os que acreditam e amam a Deus sobre tudo, pois Deus os fará experimentar viver debaixo da provisão de Deus.
A Bíblia conta várias histórias sobre a renúncia, mas duas em especial me chamam a atenção: A narrativa do sacrifício de Isaque em Gênesis 22 e a do jovem rico em Mateus 19. Quando Abraão foi confrontado a oferecer a vida do próprio filho ele não hesitou, nem questionou, apenas obedeceu com fé acreditando que Deus era poderoso para se necessário for lhe ressuscitar o filho, enquanto o jovem rico ao ser provado em deixar bens materiais não suportou a possibilidade de abrir mão da vida de luxo que possuía.
Quando aprendemos a viver debaixo da provisão de Deus aprendemos a lei da Renúncia. Quando você se entrega para Deus e abre mão de coisas, e até mesmo pessoas por Deus, Ele te restitui e não te deixa faltar nada e aí você experimentará o Salmo 23 em sua vida. Mas quando você opta pelas coisas deste mundo, ou até mesmo pessoas ao invés de Deus, cuidado, porque aquilo que você coloca no lugar de Deus em sua vida, te levará a ruína. 

2 - A adoração exige: SACRIFÍCIO - (Lv 4.1-12)

No antigo Testamento para se oferecer um sacrifício ao Senhor era erguido um altar de pedras, algo que hoje poderíamos comparar com uma grande churrasqueira, onde era oferecido sobre aquele altar um bezerro ou um carneiro, que era degolado, esquartejado, e queimado até sobrar as cinzas. Mas o sacrifício que Deus quer hoje é um sacrifício espiritual. Um sacrifício vivo, um sacrifício onde que deve morrer é a nossa vida de pecado, as nossas vontades, o que deve ser quebrantado é o nosso coração e que deve ser incendiado é o nosso espírito, pelo Espírito Santo do Senhor. Aonde o fogo do Espírito queima em nossas vidas e consome o nosso eu, e incendeia o nosso espírito. 
Uma figura registrada nas Sagradas Escrituras que muito me chama a atenção é a sarça ardente vista por Moisés no deserto. Ele incendiava, não se consumia, mas incendiava. Assim devem ser os crentes em Cristo, as pessoas necessitam de nos ver e saber que em nós arde o fogo do Espírito que consome não o nosso exterior, mas o nosso interior ao ponto de nos deixar no pó para que vivamos não mas nós mesmo, mas sim Cristo, Jesus! Essa foi a essência do dia de Pentecoste em que Deus derramou o Espírito Santo sobre a igreja e Ele desceu como línguas, como que de fogo sobre cada um dos discípulos. Pois quando nós nos entregamos no altar e Deus nos incendeia com o Espírito Santo de Deus até sermos pó para que Cristo venha reinar em nossas vidas aí então experimentaremos o PODER ao qual Jesus se refere em Atos 1.8 que foi experimentado pela igreja primitiva.

3 - A adoração exige: ARREPENDIMENTO - (Sl 51; Mt 5.23-24; 2 Cr 7.14)

Enquanto não houver confissão de pecado e arrependimento, não existirá perdão de Deus e não haverá adoração verdadeira. Enquanto não houver arrependimento os céus estarão fechados pra você. Arrependimento não é desculpa, mas sim transformação. Pois desculpas como pretextos para pecar novamente não produzem efeito no céu, pois não é possível enganar a Deus, pois Deus sabe se no seu coração houve um verdadeiro arrependimento ou você simplesmente quitou sua dívida para poder dever de novo. 
Davi foi um homem cheio de erros, mas mesmo assim foi chamado de homem segundo o coração de Deus. Uma coisa me chama a atenção em Davi, especialmente no Salmo 51, pra mim o salmo mais belo escrito por Davi, e exatamente uma confissão de pecado e súplica por arrependimento, pois se percebe sinceridade em Davi, ele não apenas quitava sua dívida, mas se humilhava e suplicava a Deus que lhe desse forças para nunca, NUNCA mais cometer os erros que havia cometido, por isso ele pede um "coração puro e um espírito reto". 
Jesus nos chama a atenção sobre o perigo da falta de perdão e arrependimento e aconselha em Mateus 5 que só se ofereça ofertas de adoração ao Senhor depois de se consertar com quem nós erramos. E 2 Crônicas 7.14 apresenta uma condição para que Deus te ouça favoravelmente. Pois o "se" na gramática é algo que conhecemos como condicional causal, ou seja "se o povo que se chama pelo meu nome se arrepender, então eu ouvirei", mas "se não se arrepender, então eu não ouvirei". O arrependimento e a confissão de pecados são condições para uma adoração sincera e verdadeira.

Conclusão:

Adoração como estilo de vida foi expressado pelo Apóstolo Paulo em sua carta 1 Coríntios 10.31. Pois a essência da Adoração não são momentos, mais sim uma vida de adoração, aonde tudo, absolutamente tudo o que eu faço é para a Glória de Deus. Portanto Vivam para a Glória de Deus. VAMOS VIVER A ADORAÇÃO!

(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra)   

Geração Radical - Pr. Naor Pedroza

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Mais um livro para a Biblioteca do blog. Hoje trago para vocês uma ferramenta indispensável para se trabalhar com liderança e juventude. Pela editora VINHA: GERAÇÃO RADICAL, jovens na contramão.
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Resumo: O mundo vive, até mesmo dentro das igrejas, uma cultura de imediatismo, com novos ídolos se levantando todos os dias. De forma franca, o pastor Naor Pedroza questiona os "embalos gospels", a cultura do entretenimento dentro das igrejas, e mostra o perfil do jovem aprovado por Deus.
Contando suas experiências pessoais, sempre à luz da Palavra, o autor percorre temas importantes do cristianismo, como a cruz, a importância da consagração, o caráter e a obra dos verdadeiros discípulos de Jesus.
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Sinopse: Deus seria incoerente, chamando jovens à Sua presença para deixá-los amontoados pelas igrejas, esperando o tempo passar?  Partindo desse questionamento, este livro foi escrito para os jovens, com linguagem atual e com o intuito de revelar o plano celestial para homens e mulheres desta geração em nosso país.
Em contraste com a espiritualidade rasa e sem propósito que permeia nossos jovens, o autor nos revela o nascimento de uma nova geração, uma Geração Radical, composta por jovens que decidiram andar na contramão e investir suas vidas em um projeto eterno. Esta obra irá revolucionar a sua maneira de pensar a vida cristã na juventude. Leia e entenda o propósito de Deus para sua vida.
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Quem escreveu?



Naor Mendonça Pedroza é casado com Marilia Cristina de Souza Pedrosa com quem tem três filhos, Marina, Pedro e Lucas. Pastor desde 1997, Naor Pedroza cursou engenharia civil na UCG. Antes de fundar e hoje presidir o trabalho na Rede de Jovens da Videira - Radicais Livres -, Naor trabalhou em uma das maiores redes de casais da Videira em Goiânia e atualmente exerce a função de superintendente da Vinha Comunicação.

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Ficha Técnica:

Título: Geração Radical - jovens na contramão
Autor: Naor Pedroza
Editora: Vinha
Categoria: Vida Cristã - Liderança - Juventude
Edição: 2007
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Minha opinião: Ganhei um exemplar deste livro de presente, presente este oferecido pelo Pr. Alexandre Silva Santos. Desde o inicio o nome do livro já chamava a minha atenção, visto o fato de eu ser um jovem que trabalho muito com jovens. E confesso que fiquei encantando com o livro e destaco alguns pontos sobre o livro: o livro é de fácil leitura, pois a linguagem utilizada pelo Pr. Naor Pedroza é uma linguagem clara e atual onde creio que pessoas de todas as idades poderão compreender o objetivo proposto pelo livro; os assunto se conectam, existem livros que são praticamente um exercício de resistência chegar até o final e entender o que o autor quis dizer pois as ideias não encaixam, o que não acontece neste livro, cada ideia se conecta a outra e você vai acompanhando progressivamente o desenrolar do assunto, e por ser tão cativante eu o li em 4 dias; o assunto é atualíssimo, as verdades bíblicas jamais perdem o seu valor diante do tempo, e o Pr. Naor conseguiu trazer luz sobre as verdades e os desafios enfrentados pela atual geração. Portanto recomento o livro para todos os que trabalham na liderança de juventude, ou qualquer liderança, e a todos os jovens que queiram fazer parte de uma Geração Radical. 
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Já está no blog o devocional desta semana!

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