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Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra. (Atos 1.8)
Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pela região da Judéia e da Samária. (Atos 8.1)
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Há um assunto que tem se tornado muito divulgado na mídia, que é a prisão do Pr. Marcos Pereira. A divulgação da prisão deste pastor começa a fazer aparecer algo que já se tornava evidente, na exposição dos pastores Marco Feliciano e Silas Malafaia, que é a perseguição e guerra aos evangélicos no Brasil.
O ataque camuflado das grandes mídias começou já há algum tempo, mas poucos perceberam. A inclusão de personagens homossexuais, e a exaltação e defesa escancarada a esses grupos fez o povo se acostumar com essa ideia. Artistas defendem essa causa e fazem coro para manipular as mentes das pessoas em fazer deste pecado algo tolerado, suportado e como diz um texto de Arnaldo Jabor, daqui a pouco se torna obrigatório (fonte Arnaldo Jabor - Frases globo.com). Eles elegeram um inimigo, porque não aceita o que eles fazem, que são os cristãos. E agora as armas dos poderosos do Brasil se voltam para nossas igrejas, principalmente nossos líderes. Pois está escrito: "Fira o pastor, e as ovelhas se dispersarão" (Zacarias 13.7). Então nesse tempo de sinais de perseguição que aparecem em nosso país fica a pergunta: Porque Deus permite a perseguição? Eis algumas das respostas:
1 - A perseguição causa a expansão do reino de Deus
No texto de Atos 1.8, Jesus antes de subir para o céu deixou uma ordem aos seus discípulos: espalhar a mensagem do evangelho sobre toda a face da terra. Essa ordem, a principio, deveria esperar até que os discípulos recebessem o Espírito Santo em Jerusalém. Mas o que acontece é que mesmo após a vinda do Espírito Santo, muitos deles não queriam sair de Jerusalém, alguns por acreditarem que os gentios não eram merecedores da Graça de Deus sem serem convertidos ao judaísmo; outros por não quererem sair de sua cidade natal; e outros por crerem que Jesus voltaria por aqueles dias, então não era necessário anunciar o evangelho fora de Jerusalém. Então Deus permite que se levante uma perseguição dos judeus contra os cristãos em Jerusalém, isso os forçou a irem para outras regiões da Judeia, onde não muito tempo depois a perseguição também chegou, forçando aos cristãos se espalharem pelas regiões da Samaria, até chegarem a Antioquia e fundarem a primeira igreja cristã fora do território Judeu.
Logo, Atos 8.1 é a explicação e conclusão de atos 1.8. Pois, por onde os cristãos passaram, por causa da perseguição, plantaram sementes que espalharam a sua mensagem onde nenhuma outra religião chegou.
A perseguição produz a expansão do reino de Deus, pois, quando os cristãos se acomodam e negligenciam a ordem de atos 1.8 e da grande comissão, é necessário que algo os faça se espalharem novamente aos confins da terra. Não há mais o que esperar, alguns cruzaram os braços, outros não sei o que esperam, com certeza não é a descida do Espírito Santo, pois Ele já foi derramado sobre a igreja em Jerusalém. É hora de testemunhar.
No Brasil a igreja se acomodou a facilidade e liberdade que vivemos nesse período recente. Talvez essa onda nos acorde para nossa missão , que ainda não acabou. Ainda há lugares para se fazer chegar o evangelho.
2 - A perseguição mostra quem são os verdadeiros cristãos
Durante a expansão do cristianismo muitos queriam ser seus adeptos não por aceitarem e acreditarem em Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas, mas, pelos sinais e maravilhas que os discípulos de Cristo faziam. Dentre os cristãos haviam os curiosos, os gananciosos e os fiéis.
No período da perseguição era muito doloroso e perigoso ser um cristão. Por isso, aqueles que amavam mais as suas próprias vidas e seus bens preferiam negar e abandonar, sem hesitar, a fé em Jesus (Mateus 13.21). Mas, aqueles que verdadeiramente amavam a Jesus e seus ensinamentos perseveravam, as vezes pagando o preço com a própria vida. Esses eram os mártires, cuja listagem foi inaugurada com a morte de Estevão.
Após Constantino tonar o cristianismo a religião oficial do Império Romano a igreja cristã foi novamente mergulhada de falsos crentes. Alguns focos isolados de voltar a essência do evangelho surgiam de vez em quando, mas nada comparado a Reforma Protestante, que pasmes, foi perseguida pela própria igreja. Por isso quando a igreja começa a gozar da pompa e ganha oportunistas em seu meio, o dono da seara faz uma limpeza para tirar as ervas daninhas do meio do campo.
No Brasil hoje a gente vê a banalização do evangelho por muitos que se dizem cristãos. Por isso não devemos murmurar com Deus se uma perseguição surgir em nosso país. Mas os sinais de uma iminente batalha contra os cristãos já começa a mostrar quem é quem em nosso meio. E se acontecer uma perseguição de fato, veremos de verdade quem está disposto a amar Jesus em todas as circunstâncias.
3 - A perseguição aumenta a nossa fé
O apóstolo Paulo nos diz uma verdade em Romanos 5.1-5, que as perseguições forjam nossa fé. Pois, a cada tribulação vencida, a cada resistência diante da tentação, a cada batalha onde resistimos o inimigo e ele foge de nós temos a certeza de que Deus está conosco. E a cada tempestade, aumenta a nossa fé e confiança em Deus. Garanto que hoje nós confiamos muito mais em Deus e confiamos muito mais em suas promessas. Essa confiança vem com o tempo e o desenvolvimento de nosso relacionamento com o Senhor. Relacionamento esse, que somente pode ser experimentado por aqueles que verdadeiramente querem uma vida com Jesus, e não apenas querem o que Jesus pode fazer por eles.
Aqueles que decidiram por uma vida com Jesus verdadeiramente não saem com a fé enfraquecida na perseguição, pelo contrário, somos capazes de defender ainda melhor a nossa fé, pois, fazendo uma analogia simples, a fé é como um metal que quanto mais lhe é forjado, mais forte, resistente e moldada ela se mostra.
Conclusão:
Aqueles que se espantam com as notícias de um pastor preso, não podem se esquecer da lição de Paulo e Silas, e de que muitas vezes isso não acontece por queda, mas por provação. Numa possível perseguição todos nós estaríamos sujeitos a isso. Então não é hora de criticarmos, e sim de orarmos, de nos unirmos e mostrar ao nosso inimigo que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do Senhor. E se fosse eu? E se fosse você?
(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra)
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