Série pilares da comunhão - Amor: 1 Coríntios 13.1-7

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Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1 Coríntios 13.1-7)
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Dando continuidade a série de estudos sobre os pilares da comunhão, veremos hoje a terceira e ultima parte, ou seja, o ultimo pilar e, creio eu, o mais importante: O AMOR.
Quando se fala em amor, muitas pessoas chegam a pensar no amor de um homem por uma mulher, aquele amor que une um casal. Mas amor é muito mais profundo que isso. Outras pessoas tem o costume de confundir o amor com a paixão. Mas o amor é muito mais que isso.
É fato que na língua grega, a língua em que foi escrito o Novo Testamento, tem três palavras que se referem a amor, são elas: ágape, eros, e phileo. Cada um dos três é importante. Eu quero traçar um paralelo para os irmãos e mostrar a importância de cada um dos três tipos evidenciados pelo grego antigo.

1 - O amor phília

Este tipo de amor é conhecido como amizade em muitas traduções. Esse amor é o que dá base para o termo chamado caridade. Pois a palavra caridade no grego significa filantropia, ou seja, tem muito mais a ver com phília, ou phileo, do que com ágape. Esse amor é aquele amor que nós temos por nossos irmãos, pelo nosso pai, pela nossa mãe. É um amor que nos liga a alguém, não por interesse, mas pelo simples fato de gostar de alguém.
Podemos dizer que este é o tipo de amor que nos une como filhos de Deus. A palavra de Deus nos garante que há amigos mais chegados que irmãos (Provérbios 18.24). Portanto, isso é o que nos faz nos amarmos, mesmo sem termos laços de sangue que nos unam, mas temos algo maior que isso, o amor, e amizade por servirmos o mesmo Deus. "Porque temos o mesmo Pai (Deus)" (Trecho da música - Meu amado irmão)

2 - O amor eros

Outro tipo de amor que existe é o eros. Este é o amor que dá base a palavra erostismo, ou seja, é daí que vem o amor do toque, da intimidade de um casal. É o amor que existe entre um homem e uma mulher. Muitas vezes este tipo de amor é chamado também de paixão.
Este tipo de amor é importantíssimo para a felicidade de um casal, mas não é o suficiente. O toque e a paixão são muito importantes, mas não é isso que sustenta um casamento. O que sustenta um casamento é um tipo de amor mais forte ainda que vamos ver a seguir.

3 - O amor ágape

Este é o amor que está em 1 Coríntios 13. Muitas bíblias trazem em sua tradução a palavra caridade. Mas a palavra caridade como já disse antes, é philantropia, que vem de phília, que traduzida é amizade. Mas 1 Coríntios não fala de amizade, fala de amor, não o amor de um casal, mas de um amor puro, sincero e incondicional. É o tipo de amor que Deus sente por nós. A palavra que está no grego em 1 Coríntios 13 é a palavra ágape. É um amor tão forte que supera tudo o que os outros tipos de amor podem não suportar.
Este é o amor que o apóstolo Paulo diz que deve existir no meio da Igreja. Pois a amizade pode acabar, a paixão pode acabar, mas o amor, o verdadeiro amor incondicional, este não acaba, mas sim, tudo suporta, tudo espera, tudo sofre. Muitas pessoas acreditam que esse amor só pode existir em Deus. Não é verdade, pois se fosse assim Jesus não teria dito o que disse em João 15.12. (Amai-vos, como eu vos amei). É um amor que perdoa, que tudo suporta, tudo espera, tudo sofre, mas é sempre vencedor.

Conclusão: 

Fica o mandamento de Jesus para nós: Amai-vos, como Eu vos amei!!! Não é um amor comum, mas um amor como o que está em 1 Coríntios 13.

(Pr. Julio Cezar da Silva Cindra)

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